3.12.10

"Quantos aqui ouvem
Os olhos eram de fé
Quantos elementos
Amam aquela mulher..."

30.11.10

tempo

Nos pulmões frenéticos da filosofia,
reside por trás de todo movimento realizado,
um triste fardo a ser empenhado,

definir por palavras e a partir de sensações,
um mundo real e justo, no qual servirá de parâmetro para o bem estar coletivo, [e individual, talvez]

mas penso eu que, fragmentado que sou diante todo o espectro de toda a civilização,
não devo me atrever a deixar-me levar por tal idéia,
ou qualquer outra que me condene a posição de criador.

surdos!

 "Tanta gente se esqueceu
Que a verdade não mudou
Quando a paz foi ensinada
Pouca gente escutou
Meu Amigo volte logo
Venha ensinar meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo"

22.11.10

impressão

se é na dor
que o poeta
grita
perdido
em palavras
na tentativa ingênua
de se obter da gramática
um abraço amigo
cala-te
não há amigos no mundo escrito.

erro

alteração
do
estado
racional
passional
talvez um pouco
sentimental
fruto
derradeiro
de uma dor
opcional
que nunca
finda
até que
sua alma
seja desfigurada
tornando-se
irreconhecível

16.11.10

colapso

Traído pelas emoções,
Guiado pelas intenções
Cego pelas opções,
Morto pelas opniões.

hiato

Por que foges de mim, criatura.
Se te invento, é para meu próprio deleite.
Como posso agradar meu invento
Se ao menos tento, de alguma forma,
ver-te.

Com que intenção posso jurar amor por ti,
se com pequenos gestos, me pego em prantos por aí

Não é difícil se render aos teus devaneios,
se me seduzes com tuas promessas de um amor constante,
Tampouco não é fácil trair-te, com minhas próprias palavras,
nas quais cavalgam em liberdade, ante o pranto daquele que se entregou calado

Não é mais um doloroso parto,
São mortes constantes, são vidas vivas em mentes vívidas,

Ficou no passado o lapso de existência que projetei em ti,
Agora pertenço ao futuro de meus atos que me carregam a cada pôr do sol,
A inércia do presente é apenas o explendor da verdade,
na qual reluz com amor na face do criador.

2.9.10

Maldita vida que eu tenho que ter para ser,
se eu não posso ser simplismente por crer,
que tipo de morte que é essa que terei por merecer?

céu

Proclamo minha dependência.
Anuncio para os céus que preciso de vossa compahia.

Que bela amiga aquela estrela no céu,
brilha sempre a me guiar,
e por não querer julgar,
fez-me te amar,

Essa escuridão silenciosa,
por hora apenas cuidadosa,
quer bem daquele filho que da luz partiu,

Agora que tudo tem forma,
agora que tudo se deforma,
entendo que apenas o amor importa.

26.8.10

desamor

A morte é o intervalo entre as eternidades.

16.8.10

água

Sim, estou suando lirismo,
meus poros dizem por mim o que minha razão não mais consegue,

E toda dor se converteu em cor,
bem na hora em que ja não acreditava mais se o sol ia se por,

agora vejo seu movimento translado, rotineiro
como aquele amor que sempre aparece, nas noites frias

que acompanha teu pensamento e abriga tua alma
cadê tu sereia dos mares, que tem me feito brilhar

vou te procurar no fundo de minhas lembranças,
pra ter certeza de que foi você, aquela que me prometeu amor eterno.

28.7.10

quiméra

sonhos rasgados,
esboços delirados,
guardados..

quando a alma não mais cabe na caixa crâniana,
e sufocante implora por liberdade,

ouço o grito alarmante do meu corpo exitando em perdê-la,
como se fosse um compromisso etérno, essa débil união..

não perecerá diante o tempo,
mas perante a própria inquietude,

que irá colocar fim na duração,
a possibilidade se tornou realidade,
mas essa era ilusória e não durou,
resta saber se as possibilidades são como um feixe luz..

15.7.10

epifânia urbana

Somos parasitas de um organismo maior.

É uma relação de troca de favores, o homem atribui vida à cidade ao passo que a cidade atribui possibilidades para o homem, que vive.

inconsciente

E na reta dos saberes,
ao qual esse espaço se desenrola,
existe um espaço ao qual não é acessível conscientemente,
é o vazio,
é o que não foi pensado.

tal motivo transforma a linearidade em looping,
espirais, vórtices que canalizam a busca

transcende a vontade de escrever e se eterniza no pensar,
ao qual sempre retorna para estampar no cosmos,
a exaustiva natureza humana de questionar,

fazendo da dúvida, poesia
e da certeza... ?

17.6.10

ensaio zero

A consciência é um código encriptado.

Para acessar/modificar/experimentar precisamos primeiro decodifica-la.

A função do cérebro é decodificar a consciência, que na verdade é o flúido da vida consciente.

A consciência descende em pacotes, sendo assim cada porção desta que for ser manipulada/acessada irá se constituir como um indivíduo, que na verdade é uma experiência temporária para aumento da percepção em relação a criação* da unidade consciente.

Para que a consciência se adapte ao habitat em que irá intervir, ela deve possuir instrumentos para tal, no caso o veículo corpóreo. (Note que aqui, o habitat que irá moldar o veículo corpóreo, conforme suas necessidades, assim sendo em outro planeta com condições adversas, teriamos outro tipo de veículo corpóreo, para as consciências que lá forem habitar).

A história da consciência/mente ser fruto do cérebro é um grande BUG originado da migração da consciência em estado 'bruto' para o estado 'fluidico' que seria o momento em que esta estaria sendo manipulada/modificada. As limitações do habitat e do veículo corpóreo nos induzem a acreditar que a consciência não se extende além dela, porém isso é fruto da compactação e aprisionamento da consciência em um veículo corpóreo, impossibilitando a compreensão (para não dizer recordação) da UNIDADE.

A UNIDADE (ao qual me refiro como unidade consciente) cria cenários para a individualidade manifestar-se, isso seria a expansão da consciência.

Após o período de individualidade essa porção consciente se livra do veículo corpóreo se junta à unidade consciente na forma bruta e agrega à ela suas impressões acerca da criação. Isso seria a retração da consciência.

Uma grande metáfora dessa dinâmica de movimentos é o estado de vigília/sono.

A vigília é a expansão da consciência, e o estado de sono seria a retração da mesma, seguindo os pressupostos acima.

* O ponto chave é a Criação, o ato puro de criar. Ele que define o que é Deus e consequentemente nós.

30.5.10

ontem

"Yesterday,
All my troubles seemed so far away
Now it looks as though they're here to stay
Oh, I believe in yesterday

Suddenly
I'm not half the man I used to be
There's a shadow hanging over me
Oh, yesterday came suddenly

Why she had to go I don't know"

20.5.10

signo

O mais interessante no ser humano é o seu vislumbre pelo desconhecido.

De alguma forma, carregamos conosco toda soberba que prediz que somos a raça mais inteligente que pisa sobre o planeta.

Mesmo dialogando com o desconhecido, sem forma e sem tom, prosseguimos catalogando tudo em um rígido sistema de conhecimento.

Não tocamos sequer qualquer partícula subatômica, mas o modelo atômico foi feito as escuras, baseada na sensibilidade, intuiçao e racionalização da idéia ele nos possibilitou manipular a energia nuclear.

Da mesma forma acontece com os modelos cognitivos e semióticos. Não conseguimos descrever como se da o processo de cognição e consumação do signo pelo observador, mas escrevemos diversas linhas sobre como poderia ser.

A inteligência do homem transbordou o que é tangível, agora podemos falar sobre o que não sabemos, e com certa categoria.

Fico a pensar até que ponto nossa incrivel capacidade de imaginação esta relacionada com nossas vivências, pessoais ou coletivas.

Tente você falar para uma pessoa cega, imaginar a cor vermelha, sem nunca te-la visto. Esse é o movimento intelectual que estamos fazendo agora, estamos cegos, imaginando e descrevendo o que não vemos. Tudo é quântico agora.

Aquilo que os céticos, atribuem ser 'misticidade' ou devaneios de uma mente eficaz, poderia ser fruto de nossa imaginação, sem que ela, em algum momento da vida, pessoal ou coletiva, tivesse vivenciado?

Poderia eu vislumbrar a imortalidade, sem nunca te-la contemplado ?

Ou meu vislumbre, seria fruto, de uma aproximação anterior, ligado à nossa real natureza, que insiste em nos testar.

15.5.10

fronteiras

não pode um oceano, delimitar o grau de unidade entre os povos.

28.4.10

cons[in][ex]

De tanto não saber,
procuro em demasia,
o tal prazer.

que só de se conhecer,
me limita a crer,
que nada se pode ter.

de tanto não saber,
tenho em minha mente,
certezas que poderei não ter.

cansado de se disfazer,
ignoro o saber,
e reconheço o amanhecer.

23.4.10

vida

Breve constatação do sonho de Deus.

Somos suas células, que percorrem o seu corpo,
em busca de conhecer a essência, o Nada.

Não referente ao vazio, mas com a soma do Todo,
O Nada é a consciência estável de Deus,
é o círculo que resume a vida, em ir e vir constante.

É a transição, notória, do infinitamente pequeno
ao infinitamente grande,

é o fluxo de idéias e experiências que alimentam o corpo de Deus,
que neste momento repousa, e em sua mente, nos imagina.

13.4.10

Reminiscência

Autoportante muro das idéias,
que fazem sombra à ignorância humana.

tijolos que pouco a pouco são substituídos,
formam devagar, a silhueta rochosa da aventura divina.

É impactante recrutar pedras para se formarem muralhas,
que por si só, empenham a árdua tarefa de tocar o céu.

Intangível para o construtor que apenas em sonho,
discorda da vigília ao contemplar o muro construído, sem dor.

5.4.10

auto consciência

É você quem pilota suas idéias?

É você quem as cria?

Ou você pega pronto?

Pensam por você?

E os desejos, são do ego, ou são da alma?

Não estamos só, existem ao redor de todo ser humano, consciências falando em nossas cabeças, nos direcionando, nos atrapalhando. E nesse emaranhado de pensamentos, existem os seus, que por alguns instantes são, seus. Pois a morte chegará e levará todos embora, para o fundo do mar, sedimentar com grãos de areia, a montanha do conhecimento.

29.3.10

entropia criativa

um circulo desenhado nunca será tão perfeito quanto um circulo imaginado...

19.3.10

entre o éter e o carbono

éter para eternidade, para a propagação sem fim da vida, aonde as idéias nunca morrem, mas flutuam na escuridão.

carbono, para o por-vir,
para materializar o sonho do éter,
para se solidificar todo o momento de criação silenciosa,
no vácuo entrópico.

sinto que meu lado éter, já conhece sua natureza,
e acena para ela, a cada horizonte de fenômenos sutis.

o carbono, em toda sua escuridão quimica, se mistura com a escuridão existencial do cosmos.
deixa-se levar pelas incertezas, e se agarra a sua enorme capacidade de gerar a vida.

um exército de consciências que trabalham a seu favor, vivenciando o sonho etérico,
recrutam idéias para esclarecer sua existência, justifica-se com seus próprios erros, e glofiricam-se como criadores, detentores da vida.

entre o éter e o carbono, esta a engrenagem que move a todos, a assimetria consciêncial que rege o desconhecido, a geometria do mistério, o sopro divino.

4.3.10

big bang

Dizem que foi você, o criador.
Posso então ao menos agradece-lo pela vida?
Criaste a matéria, combinando o acaso com partículas de ilusão?

Talvez possa me ensinar, como transformar poeira em imensidão.
Ou como revolucionar o espaço, dando a ele nome e sobrenome.

Ouve um barulho? Que alertasse a todos do cosmos, que fomos criados?
Ou estamos errantes no caminho, distante da verdade, por estarmos apoiados na razão?

Um processo que deu certo, não poderia torna-lo a se repetir?
Quando eu ando pelas ruas, incansável, percorrendo caminhos diferentes a cada momento, fixo naquele me leva em menor tempo, ao meu objetivo final.

Por que, Senhor Big Bang você não guardou a fórmula da vida?
Seria amparador, um universo vizinho, um irmão criador, para compartilhar a dor de chorar só.

Mas não é só chorar, mas gritar para a imensidão e escutar apenas sua voz ecoar. Um som de fracasso, mediante ao acaso criador, sou um grito por descaso.

Aonde você estacionou seus processos, ao qual transformariam nada em tudo?
Seus processos derivaram na inteligência, então por que nossa inteligência não deriva em seus processos? Por que compartilhar tão pouco com seu próprio filho?

Conte-me de seu passado, senhor da escuridão. Não se lembra quando tudo era nada, e as carruagens astrais navegavam pelo vento cósmico sem se preocupar com a colisão?

Mas foi dela que surgiste, da colisão do medo com a ilusão, essa vida que abastece meus pensamentos, que por hora acredito ser fruto dela, mas no fundo tenho a coerência de afirmar que não sou fruto de um ser fujão.

Neste momento vou criar um big bang pessoal, para criar vida em minhas esperanças, e enchergar então a luz que irá me acompanhar na imensidão.

26.2.10

dueto


Hoje, já não sou mais alegria estonteante,
Apesar de me encontrar no teu sublime sorriso
Já esvaíram-se meus sonhos de menina,
Cultuo um amor sem forma
Já me sinto mulher,
Nas sombras da solidão,
O doce dos olhos, escasso, escorreu com lágrimas, e o olhar virou amargo e apático,
Me vejo medindo qualquer espectro de certeza,
E lágrimas não voltam.
Vão-se em  minutos, que mais parecem horas.
Lágrimas não abrem portas, para a euforia mofada, deixada de lado.
O ciclo se renova, e as sombras se movem, levando meu amor pra fora,
Porém, os poréns felizmente não deixaram e nem deixarão de existir,
Cuspindo sons adocicados de uma pureza a revelar,
E embora tudo isso seja mórbido e monótono,
Talvez celebremos um dia, o momento em que poderei tocar o ar
A vida deve não ser um presente contínuo,
Os ventos podem nos levar para dimensões paralelas a dor,
E momentos a enchem de um resto mínimo de esperança,
Aonde paixão e alegria possuem formas e cores,
E é isso aí, você é o meu momento,
Talvez vermelho, para simbolizar o amor,
Minha descontração,
Talvez preto, para caracterizar o infinito,
Meu cigarro, minha cachaça, minha droga,
Com força para impulsionar um big bang,
Meu pincel, meu lápis,
Aonde retrata um começo, mas nunca o fim
Meu céu, tanto estrelado quando escuro, numa noite de ouvir Pink Floyd catando com cuidado, amor no firmamento.
E é no brilho de cada estrela,
Você é meu amor, meu bem,
Que eu vou desenhar meu amor por ti,
Meu mineiro, meu menino.
Minha constelação de bons momentos.

22.2.10

fragmentos

Deus foi criado instantaneamente.
 Em seguida, ciente de sua condição como consciência criadora, se extendeu ao infinito em contrapartida de sua omnipresença perante ao todo.
Conservando-se apenas aquela partícula necessária para o domínio de sua própria singularidade.
Consciências unificadas = Deus.
Extende-se ao infinito.
A origem é inconsciente.

8.2.10

caco de vidro

tive um certo frasco de vidro, por um tempo,
não durou muito, quando me vi já estava a pegar os cacos no chão.

como uma memória passível de ser esquecida,
guardei os vidros em um armário, para que não mais achasse.

passou o tempo, na mente, revivia a cena assiduamente,
no coração, procurava antídotos para aliviar a culpa.

e o mundo deu a volta outra vez,
e fez com que tudo que estava dentro, fosse para fora.

reencontrei a dor, os cacos de vidro,
agora cortavam a minha face,

fechei os olhos para dormir, acordar em outra realidade,
que não a mesma, que dilacerava minhas memórias,

consegui acordar em outra realidade,
não conhecia ninguém da mesma,
eu estava confuso, e com os cacos de vidro em mãos,
retornei a coloca-los no armário,

vou esperar, você voltar, para enfim voltar para o ciclo,
dor-nãodor

2.2.10

nah

'I never give no good vibes
and I never give up no truth.
Never trade my sanity
for living in Babylon crew.
Vanity will never drive this man insane.
This man will walk alongside Jah again.'

Eu poderia escrever milhares de linhas para você, mas meu coração pede silêncio,
para que de longe eu posso tocar sua face, enxugar suas lágrimas, e faze-la sorrir novamente.

Te amo.

26.1.10

Conspiração Espiritual

Na superfície da terra exatamente agora há guerra e violência e tudo
parece negro.
Mas, simultaneamente, algo silencioso, calmo e oculto está acontecendo e certas pessoas estão sendo chamadas por uma luz mais
elevada.

Uma revolução silenciosa está se instalando de dentro para fora. De
baixo para cima.
É uma operação global.
Uma conspiração espiritual.
Há células dessa operação em cada nação do planeta.


Vocês não vão nos assistir na TV.
Nem ler sobre nós nos jornais.
Nem ouvir nossas palavras nos rádios.
Não buscamos a glória.
Não usamos uniformes.

Nós chegamos em diversas formas e tamanhos diferentes.
Temos costumes e cores diferentes.
A maioria trabalha anonimamente.
Silenciosamente trabalhamos fora de cena.

Em cada cultura do mundo.
Nas grandes e pequenas cidades, em suas montanhas e vales.
Nas fazendas, vilas, tribos e ilhas remotas.

Você talvez cruze conosco nas ruas.
E nem perceba...
Seguimos disfarçados.
Ficamos atrás da cena.
E não nos importamos com quem ganha os louros do resultado,
e sim, que se realize o trabalho.


De vez enquanto nos encontramos pelas ruas.
Trocamos olhares de reconhecimento e seguimos nosso caminho.
Durante o dia muitos se disfarçam em seus empregos normais.
Mas à noite, por atrás de nossas aparências,
o verdadeiro trabalho se inicia.

Alguns nos chamam do Exército da Consciência.
Lentamente estamos construindo um novo mundo.
Com o poder de nossos corações e mentes.
Seguimos com alegria e paixão.

Nossas ordens nos chegam da Inteligência Espiritual e Central.

Estamos jogando bombas suaves de amor sem que ninguém note; poemas,
abraços, músicas, fotos, filmes, palavras carinhosas, meditações e
preces, danças, ativismo social, sites, blogs, atos de bondade...


Expressamos- nos de uma forma única e pessoal.
Com nossos talentos e dons.
Sendo a mudança que queremos ver no mundo.
Essa é a força que move nossos corações.
Sabemos que essa é a única forma de conseguir realizar a transformação.
Sabemos que no silêncio e humildade temos o poder de todos os oceanos juntos.
Nosso trabalho é lento e meticuloso.
Como na formação das montanhas.


O amor será a religião do século 21.
Sem pré-requisitos de grau de educação.
Sem requisitar um conhecimento excepcional para sua compreensão.
Porque nasce da inteligência do coração.
Escondida pela eternidade no pulso evolucionário de todo ser humano.
Seja a mudança que quer ver acontecer no mundo.

Ninguém pode fazer esse trabalho por você.
Nós estamos recrutando.
Talvez você se junte a nós.
Ou talvez já tenha se unido.


Todos são bem-vindos.
A porta está aberta.

* autoria desconhecida

25.1.10

vida

por ama-la, fui covarde,
por teme-la fui imaturo,
por rejeita-la fui contaminado.

corre em minhas veias um vírus sem forma,
sem cor, sem perspectivas.

é tão puro quanto a minha essência,
mas tão sujo quanto aqueles atos pensados.

lutava para me falar algo, não me chegava aos ouvidos.
lentamente foi tomando conta do meu corpo todo,
e novamente pude contemplar o vírus, eu estava para ser pego duas vezes.

enfim ele se manifestou, mexeu com a minha estrutura, me desnorteou,
como um imã desmagnetizado, não pude atrair nada além de tristeza.

até que a covardia virou coragem,
o medo virou esperança,
e a fé moveu montanhas, que agora
me possibilitam ver a vida além, em paz finalmente.

17.1.10

percussão

sua existência passa por muitas situações ao longo do percurso,
mas somente duas poderiam representar o que há de mais puro,
o nascimento e a morte.


ambos se reúnem em comunhão com a sua alma, que se dissolve em olhares,
atentos perante a sua silhueta, que estampa no ar, a fim de eternizar.

despedem de uns, mas se conhece outros.
assim sua existência participa da dança dos astros,
a poeira novamente se condensará em luz,
e você poderá novamente celebrar.

12.1.10

sem direção

glóbulos de luz que se orientam ao meu redor,
volitam moscas que fitam meu crânio,

transpassa para a realidade o que tens de mais íntimo, o olhar.
e agora vos acompanha aonde fitar,

no céu azul, nas nuvens a se formar
compartilham danças atômicas,
 que não cessam nem ao se apagar,

constantes e inquietas, sambam nos meus olhos
guiando meu olhar, para os lados, para cima,
apenas guiam sem se importar.

a medida que avanço em suas formas,
sinto que estou perto,
puro deleite, pois não há, aonde eu vejo,
coisa alguma para se tocar

imagem

O ser humano se sensibiliza pelo que se passa diante os seus olhos,
sente as energias entrantes, o fluxo ao redor, é tudo real.

Poderia  senti-lo se não os visse?
Quando a natureza quer lhe dizer algo, ela não fala, ela não se manifesta.
Ela apenas existe, e na própria existência dela, está embutida suas palavras.

Quando nos comunicamos com ela, não podemos esperar reações humanas,
apesar de ser o que gostariamos, ver ela interagir contigo, elétricamente e sinergicamente.

O mundo natural de Gaia, se calou faz tempo, vestiu uma carapuça para se preservar,
e não deixar com que vissem o quão interativa e viva, ela é.

Foi um silêncio harmônico, ela mudou seu padrão de linguagem, ela rege sinfonias que fazem nosso orbe
cantar para qualquer estrela de nossa galáxia.

E por se petrificar em paz, foi o próprio silêncio que as impediam de gritar.

O silêncio consciente da morte, a calmaria da alma.

4.1.10

dois mil idéias

Inicia-se, após o termino de mais um ano de experiências por aqui, a jornada de volta para casa.
A maré está cheia, e o fluxo segue seu caminho natural.

Acontece que algo novo, positivamente bombardeou meus sinais vitais, agora sinto o sangue nas veias.
Agora eu toco a água, e posso dize-la o quão calma e agradável está.
Olho para o céu e enxergo o azul despir-se entre as nuvens, sem receio.
Vejo o fogo arder, sem pressa queimando lentamente, transmutando a dor em amor.

A vida sorriu para mim, e como não poderia senão agradece-la?
Mostrou-me que a ausência de amor, faz do colorido, incolor.
Por que retirar das cores aquilos que elas tem de mais valor, a resposta.
É no feedback espiritual vivo nas cores, que nosso cérebro repousa suas dores.

O amor me ditou o som das cores, agora posso conversar com os arco-íris, de igual para igual.