Hoje, já não sou mais alegria estonteante,
Apesar de me encontrar no teu sublime sorriso
Já esvaíram-se meus sonhos de menina,
Cultuo um amor sem forma
Já me sinto mulher,
Nas sombras da solidão,
O doce dos olhos, escasso, escorreu com lágrimas, e o olhar virou amargo e apático,
Me vejo medindo qualquer espectro de certeza,
E lágrimas não voltam.
Vão-se em minutos, que mais parecem horas.
Lágrimas não abrem portas, para a euforia mofada, deixada de lado.
O ciclo se renova, e as sombras se movem, levando meu amor pra fora,
Porém, os poréns felizmente não deixaram e nem deixarão de existir,
Cuspindo sons adocicados de uma pureza a revelar,
E embora tudo isso seja mórbido e monótono,
Talvez celebremos um dia, o momento em que poderei tocar o ar
A vida deve não ser um presente contínuo,
Os ventos podem nos levar para dimensões paralelas a dor,
E momentos a enchem de um resto mínimo de esperança,
Aonde paixão e alegria possuem formas e cores,
E é isso aí, você é o meu momento,
Talvez vermelho, para simbolizar o amor,
Minha descontração,
Talvez preto, para caracterizar o infinito,
Meu cigarro, minha cachaça, minha droga,
Com força para impulsionar um big bang,
Meu pincel, meu lápis,
Aonde retrata um começo, mas nunca o fim
Meu céu, tanto estrelado quando escuro, numa noite de ouvir Pink Floyd catando com cuidado, amor no firmamento.
E é no brilho de cada estrela,
Você é meu amor, meu bem,
Que eu vou desenhar meu amor por ti,
Meu mineiro, meu menino.
Minha constelação de bons momentos.