29.3.10

entropia criativa

um circulo desenhado nunca será tão perfeito quanto um circulo imaginado...

19.3.10

entre o éter e o carbono

éter para eternidade, para a propagação sem fim da vida, aonde as idéias nunca morrem, mas flutuam na escuridão.

carbono, para o por-vir,
para materializar o sonho do éter,
para se solidificar todo o momento de criação silenciosa,
no vácuo entrópico.

sinto que meu lado éter, já conhece sua natureza,
e acena para ela, a cada horizonte de fenômenos sutis.

o carbono, em toda sua escuridão quimica, se mistura com a escuridão existencial do cosmos.
deixa-se levar pelas incertezas, e se agarra a sua enorme capacidade de gerar a vida.

um exército de consciências que trabalham a seu favor, vivenciando o sonho etérico,
recrutam idéias para esclarecer sua existência, justifica-se com seus próprios erros, e glofiricam-se como criadores, detentores da vida.

entre o éter e o carbono, esta a engrenagem que move a todos, a assimetria consciêncial que rege o desconhecido, a geometria do mistério, o sopro divino.

4.3.10

big bang

Dizem que foi você, o criador.
Posso então ao menos agradece-lo pela vida?
Criaste a matéria, combinando o acaso com partículas de ilusão?

Talvez possa me ensinar, como transformar poeira em imensidão.
Ou como revolucionar o espaço, dando a ele nome e sobrenome.

Ouve um barulho? Que alertasse a todos do cosmos, que fomos criados?
Ou estamos errantes no caminho, distante da verdade, por estarmos apoiados na razão?

Um processo que deu certo, não poderia torna-lo a se repetir?
Quando eu ando pelas ruas, incansável, percorrendo caminhos diferentes a cada momento, fixo naquele me leva em menor tempo, ao meu objetivo final.

Por que, Senhor Big Bang você não guardou a fórmula da vida?
Seria amparador, um universo vizinho, um irmão criador, para compartilhar a dor de chorar só.

Mas não é só chorar, mas gritar para a imensidão e escutar apenas sua voz ecoar. Um som de fracasso, mediante ao acaso criador, sou um grito por descaso.

Aonde você estacionou seus processos, ao qual transformariam nada em tudo?
Seus processos derivaram na inteligência, então por que nossa inteligência não deriva em seus processos? Por que compartilhar tão pouco com seu próprio filho?

Conte-me de seu passado, senhor da escuridão. Não se lembra quando tudo era nada, e as carruagens astrais navegavam pelo vento cósmico sem se preocupar com a colisão?

Mas foi dela que surgiste, da colisão do medo com a ilusão, essa vida que abastece meus pensamentos, que por hora acredito ser fruto dela, mas no fundo tenho a coerência de afirmar que não sou fruto de um ser fujão.

Neste momento vou criar um big bang pessoal, para criar vida em minhas esperanças, e enchergar então a luz que irá me acompanhar na imensidão.