26.2.10

dueto


Hoje, já não sou mais alegria estonteante,
Apesar de me encontrar no teu sublime sorriso
Já esvaíram-se meus sonhos de menina,
Cultuo um amor sem forma
Já me sinto mulher,
Nas sombras da solidão,
O doce dos olhos, escasso, escorreu com lágrimas, e o olhar virou amargo e apático,
Me vejo medindo qualquer espectro de certeza,
E lágrimas não voltam.
Vão-se em  minutos, que mais parecem horas.
Lágrimas não abrem portas, para a euforia mofada, deixada de lado.
O ciclo se renova, e as sombras se movem, levando meu amor pra fora,
Porém, os poréns felizmente não deixaram e nem deixarão de existir,
Cuspindo sons adocicados de uma pureza a revelar,
E embora tudo isso seja mórbido e monótono,
Talvez celebremos um dia, o momento em que poderei tocar o ar
A vida deve não ser um presente contínuo,
Os ventos podem nos levar para dimensões paralelas a dor,
E momentos a enchem de um resto mínimo de esperança,
Aonde paixão e alegria possuem formas e cores,
E é isso aí, você é o meu momento,
Talvez vermelho, para simbolizar o amor,
Minha descontração,
Talvez preto, para caracterizar o infinito,
Meu cigarro, minha cachaça, minha droga,
Com força para impulsionar um big bang,
Meu pincel, meu lápis,
Aonde retrata um começo, mas nunca o fim
Meu céu, tanto estrelado quando escuro, numa noite de ouvir Pink Floyd catando com cuidado, amor no firmamento.
E é no brilho de cada estrela,
Você é meu amor, meu bem,
Que eu vou desenhar meu amor por ti,
Meu mineiro, meu menino.
Minha constelação de bons momentos.

22.2.10

fragmentos

Deus foi criado instantaneamente.
 Em seguida, ciente de sua condição como consciência criadora, se extendeu ao infinito em contrapartida de sua omnipresença perante ao todo.
Conservando-se apenas aquela partícula necessária para o domínio de sua própria singularidade.
Consciências unificadas = Deus.
Extende-se ao infinito.
A origem é inconsciente.

8.2.10

caco de vidro

tive um certo frasco de vidro, por um tempo,
não durou muito, quando me vi já estava a pegar os cacos no chão.

como uma memória passível de ser esquecida,
guardei os vidros em um armário, para que não mais achasse.

passou o tempo, na mente, revivia a cena assiduamente,
no coração, procurava antídotos para aliviar a culpa.

e o mundo deu a volta outra vez,
e fez com que tudo que estava dentro, fosse para fora.

reencontrei a dor, os cacos de vidro,
agora cortavam a minha face,

fechei os olhos para dormir, acordar em outra realidade,
que não a mesma, que dilacerava minhas memórias,

consegui acordar em outra realidade,
não conhecia ninguém da mesma,
eu estava confuso, e com os cacos de vidro em mãos,
retornei a coloca-los no armário,

vou esperar, você voltar, para enfim voltar para o ciclo,
dor-nãodor

2.2.10

nah

'I never give no good vibes
and I never give up no truth.
Never trade my sanity
for living in Babylon crew.
Vanity will never drive this man insane.
This man will walk alongside Jah again.'

Eu poderia escrever milhares de linhas para você, mas meu coração pede silêncio,
para que de longe eu posso tocar sua face, enxugar suas lágrimas, e faze-la sorrir novamente.

Te amo.